segunda-feira, 26 de novembro de 2012

"AUTO DO BUSÃO DO INFERNO"


Peça teatral escrita por Gil Vicente, num único ato, subdividido em cenas marcadas pelos diálogos que o Diabo ou o Anjo travam com as várias personagens. Estamos falando de o "Auto da Barca do Inferno", numa bela adaptação apresentada no Colégio particular, fruto de um trabalho árduo e rico construído das parcerias entre a professora de Artes e eu, de Português; e dos alunos dos 1ºs anos "A" e "B"do Ensino Médio. Um espetáculo!

sábado, 3 de novembro de 2012

POLÍTICA NA LITERATURA

PROJETO ELEIÇÕES 2012

Alunos participantes: 2ºs “D” e “E” do Ensino Médio
E. E. Prof. Vicente Rao

Para introduzir o tema política, democracia, eleições e voto aos participantes, foram usados textos que exploram o tema de forma clara e divertida – a partir dos textos foram promovidas discussões e atividades relacionadas ao tema eleições:

1) Bandeira do MEU país: 
    - os participantes desenharam a bandeira do Brasil baseada na maneira que a enxergam.

2) Charges: eleições sobre outro ponto de vista:
   - os participantes se reuniram em grupos e elaboraram charges sobre as eleições.



terça-feira, 25 de setembro de 2012

Mandamentos da crase

Os sete mandamentos da crase:


1 - Usarás crase, sobretudo, na indicação de horas.

2 - NÃO aplicarás crase antes de palavra masculina.

3 - Usarás crase diante de expressões femininas.

4 - NUNCA cometerás o erro de usar crase antes de verbo.

5 - NUNCA aplicarás a crase antes de "um" e "uma" (exceto quando indicar hora precisa).

6 - Usarás a crase em "aquele (a/s)" e "aquilo" quando na construção da frase couber "a" antes desses pronomes.

7 - NÃO usarás crase diante de pronomes pessoais (reto, oblíquo e de tratamento).

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Dicas:
1. Substituir a crase por “ao” e o substantivo feminino por um masculino (exigindo-se o gênero, logicamente), caso essa preposição seja aceita sem prejuízo de sentido, então com certeza há crase.

2. Se couber "para a" antes da palavra feminina, GRANDE chance de haver crase.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O particípio

"Eu havia entregado o pacote" ou "Eu havia entregue o pacote"?



Resposta: "Eu havia entregado o pacote". 

Temos, no exemplo, o que as gramáticas chamam de particípio longo, regular, que termina em "-ado" ou "-ido" . O particípio longo é usado quando o verbo auxiliar é "ter" ou "haver".

Os particípios curtos, irregulares, como "salvo" e "entregue", são usados quando o verbo auxiliar é "ser" ou "estar". Portanto:


Particípio longo
Eu havia entregado o pacote.
O árbitro tinha expulsado o jogador.
Ele foi condecorado por ter salvado a moça.



Particípio curto
O pacote foi entregue.
O jogador foi expulso.
A moça foi salva, e isso lhe valeu uma condecoração.



Claro que essa regra vale apenas para verbos que têm dois particípios. Nos verbos com um único particípio, não há escolha. O verbo "fazer", por exemplo, tem um só particípio.


Não se diz "Eu tinha fazido a comida", e sim "eu tinha feito a comida".

O verbo trazer, assim como o verbo chegar não é abundante, ou seja, não apresenta mais de uma forma de particípio, como os verbos: salvar (salvado/salvo), aceitar (aceitado, aceito); entregar (entregado/entregue), dentre outros. 

O verbo “trazer” e “chegar” apresentam somente as formas regulares do particípio: trazido e chegado. É comum a associação destes verbos com outros que admitem duas formas de particípio, o que faz com que o falante acredite estar correto quando diz “Esse sapato foi trago para mim”. Mais ainda: uma das formas do particípio é idêntica ao presente do indicativo e deve ser mais um motivo pelo qual há tanta confusão. Observe: 

a) Trago na festa quem quiser vir. (presente do indicativo) 
b) Ele tinha trago à festa quem pôde vir. (erro no emprego do particípio do verbo “trazer”) 

Outra suposta explicação para o uso de “trago” ao invés de “trazido” pode ser no uso da primeira pessoa do singular na oração com particípio. O cérebro associa a pessoa do discurso ao verbo de forma instantânea: Veja: 

a) Eu tinha trago minhas roupas para arrumar. (Errado) 
b) Eu tinha trazido minhas roupas para arrumar. (Certo) 

Da mesma forma acontece com algumas construções com o verbo “chegar”, contudo, menos usuais: 

a) Eu tinha chego atrasada. (Errado) 
b) Eu tinha chegado atrasada. (Certo) 

Logo, não diga “Eu tinha trago”, diga “ Eu tinha trazido”!

domingo, 5 de agosto de 2012

Pronomes: "basta para mim ter você ao meu lado"!?

Você acha que esta frase está correta? Por incrível que pareça, a frase está certíssima, porque o pronome mim não funciona como sujeito da oração. 
A frase apresenta dois verbos, ter e bastar. Para saber quem é o sujeito da oração, devemos perguntar: "o que é que basta?". A resposta é: "ter você ao meu lado". 
Vamos modificar a frase: "Para mim, basta ter você ao meu lado". Assim, fica claro que o sujeito é "ter você ao meu lado". Você percebeu como também pode ser adequado usar o "para mim"? 
Esta situação também ocorre com os verbos custar, faltar, restar e verbos de ligação com predicativo do sujeito. 

terça-feira, 17 de julho de 2012

Escreva melhor e com mais criatividade usando seu livro favorito!


Estas sugestões de técnicas se baseiam na ideia de que você tem um ou mais livros preferidos e que, por isso, conhece mais ou menos bem. Também supõem que você gosta, ou poderá gostar, de escrever e enquadrar isso em algum ponto entre um passatempo e uma atividade, digamos, escolar ou profissional.

Por que o livro preferido?
O livro preferido geralmente é aquele que nos faz ter vontade de escrever (quando não nos faz desistir definitivamente). Além disso, é mais fácil concentrar-se em uma atividade prazerosa que em uma enfadonha. O livro favorito é aquele que mais lhe causou e causa prazer na leitura. Portanto, faz sentido ligá-lo a outra atividade que se deseja que seja também prazerosa. Por outro lado, utilizar esse livro vai ajudar a entender porque ele é tão bom e o que você pode usar de seu para escrever de um modo mais próximo disso.As sugestões de exercícios:Antes de mais nada, é preciso deixar claro que não existe milagre. Executar esses exercícios sem repeti-los ou partir para outros não vai fazer de você um Guimarães Rosa. Você precisa ter constância e disciplina e manter um ritmo de redação. De nada adianta escrever nove mil palavras hoje e nos próximos dois meses nenhuma. É melhor, então, escrever uma frase por dia.Vamos a eles:
1.      Reescrever uma frase: escolha uma frase do livro. Qualquer uma. Não importa que o autor a tenha levado à perfeição. Sempre existem infinitas formas de reescrevê-la. Inverta-a, suprima palavras, use outras, acrescente, mude os significados. Não julgue, apenas faça, como se fosse um jogo. Você não precisa mostrar isso para ninguém. Se você gosta de poesia, faça uma paródia. Não precisa ser uma obra-prima da métrica. Divirta-se!
2.      Resumir a história de diferentes maneiras: isso vai ajudar a entender o enredo e suas principais partes. Enquanto escreve você também vai poder exercitar a síntese. Faça resumos cada vez menores. Quando dominar a história, subverta-a. Tome liberdades.
3.      O que vem antes da primeira frase: alguns começos de livros são geniais. Mas o que vem antes da primeira frase do primeiro capítulo? Como foi o momento, a noite ou os anos anteriores? Mais uma vez, não queira ser melhor que o autor. Apenas faça esse exercício de imaginação de maneira a divertir-se. Não precisa ser nada gigantesco. Faça vários parágrafos explorando as diferentes possibilidades.
4.      O que acontece depois da última frase: o livro acabou. Mas a não ser que seja uma história sobre o fim do universo, supõe-se que a vida continue. O que vem depois da última frase? Como no exercício anterior, você pode fazer vários parágrafos explorando as infinitas possibilidades.
5.      Diálogo com personagens de outras obras: o que aconteceria se Hamlet encontrasse Tyler Durden, personagem de Clube da Luta, livro de Chuck Palahniuk? Ou se Bentinho, de Dom Casmurro, encontrasse com Harry Potter? Quando mais absurdos os encontros, mais a sua imaginação será desafiada e você se sentirá compelido a escrever.
6.      Se a obra fosse de outro gênero: imagine que uma obra originalmente do gênero policial tivesse sido escrita como um romance meloso. Ou um suspense, então, fosse um livro de humor. Jorge Luis Borges faz um belo exercício  imaginando que Dom Quixote é lido por um leitor de livros policiais. A partir daí destaque e reescreva trechos de seu livro preferido buscando uma nova perspectiva. E se A Metamorfose fosse uma obra infantil? Brinque com as possibilidades.
7.      Corte frases: brinque de editor. Seja cruel. Lime as frases que julgar desnecessárias. Com seu livro preferido vai ser difícil, pois suponho que nada seja desnecessário na obra de seu autor favorito. Mas mesmo Graciliano Ramos escreveu Angústia, livro sobre o qual concordou com o crítico Antonio Cândido a respeito de trechos julgados gordurosos. Isso vai ajudar você a dessacralizar um pouco a escrita e também a entender melhor o funcionamento do texto, como quem desmonta um relógio.
8.      Depois da edição: no final desse trabalho cruel, escreva um texto explicando ao seu autor preferido porque agora aquele capítulo está muito melhor. Não precisa ser sincero, claro.

Essas são apenas algumas ideias. Espero sinceramente que ajudem.

10 dicas para escrever melhor!


  1. Corte as partes chatas: desenvolva a sensibilidade para descobrir quais partes de seu próprio texto você pularia. Provavelmente o leitor também faria o mesmo. Se é uma parte essencial, então está mal escrita: reescreva; se não for essencial, corte.
  2. Corte as palavras desnecessárias: não afirme nunca que uma coisa é interessante ao seu leitor. Se for interessante de fato, o seu leitor é inteligente o suficiente para perceber isso. O mesmo vale para adjetivos, advérbios e afins. Um substantivo bem colocado vale muito mais que tais categorias gramaticais. (Agora leia com as palavras cortadas e perceba como faz sentido).
  3. Escreva com paixão: se você não estiver interessado no que você escreve, quem estará?
  4. Desenhe com palavras: não afirme que uma coisa é interessante ou importante. Dê os dados necessários para que o leitor descubra isso  sozinho. Não diga que o luar é bonito: explique como ele atravessa a vidraça, abraça a madeira dos móveis  e projeta uma luz levemente azul, sem calor, na parede branca como se fosse a tela de um filme prestes a começar.
  5. Escreva simples: as artes japonesas são boas nisso. Hai-kais são curtos e conseguem desenhar cenas inteiras. Samurais resolviam lutas complexas com poucos golpes de espada. Diga o necessário, diga rápido, diga tudo.
  6. Escreva porque você gosta: se você não gosta, de nada adiantará. Se você fizer isso sem esperar nada em troca, em algum momento talvez alguém ofereça algo. Se não oferecerem, ao menos você está fazendo algo de que gosta.
  7. Saiba quando aceitar a rejeição e quando rejeitar a aceitação: quando você publica escritos seus está sujeito aos elogios e às críticas desmedidas. Saiba lidar com as duas situações.
  8. Escreva, escreva, escreva: se você escreve em seu blog uma vez por mês, as chances de que seu estilo melhore são menores do que se você escrever todos os dias. Isso nem sempre é verdade, mas quantidade conduz à qualidade.
  9. Escreva sobre o que você sabe e sobre o que você quer saber: a primeira parte dessa afirmativa diz respeito à especialização. Se você é uma autoridade em um assunto, seu texto vai fluir melhor e transmitir domínio. A segunda parte diz respeito ao desejo dessa autoridade.
  10. Seja único: ouse experimentar novos estilos. Seguindo o que já deu certo, você repetirá fórmulas.

domingo, 3 de junho de 2012

Texto sem verbo?

        Criar um texto sem verbo. Essa foi a proposta para os alunos dos 1ºs anos "A" e "B" da escola particular. Resultados positivos. Parabéns, queridos!!!




Mudanças

Corrida através do tempo... Lembranças na cabeça... Algumas boas, outras nem tanto. Viagem pela mente. Infância, adolescência, maturidade. E, finalmente, a velhice. Apenas a morte no final do caminho... O caminho para uma vida nova.

(Andrés Soto Cotta)

Meu Amigo

Canarinho bonito, de penugem amarela, bico bem liso, sempre faminto. Alpiste? Seu vício. Sempre na barriga do canarinho. Periquito sempre ao seu lado, amigo para todas as horas. Ócio? Não para eles: sempre em uma farra nova! Canarinho, meu amigo, comedor de alpiste. Sempre comigo!

(André Ruas, Fernando Salateo e Laura Pincelli)


Último lamento

Um pouco de lamento
em um tempo de solidão.
Neste tempo, em segredo,
angústia! Meu romantismo duvidoso.
Sem força para nada,
apenas para os passos...
Passo após passo...
No final, minhas palavras.
Contos mentirosos...
Verdades absolutas!
Último dia de delírio,
num dia esquisito,
como o de hoje!

(Luana Louise, Arthur, Victor Chaim)


Flor Bela

Uma flor rosa, bonita,
com pétalas macias e grandes.
Certamente a flor mais bela.
Todos ao redor, com os
olhos fixos nela.
Uma flor maravilhosa,
cheia de encantos...

(Yasmin Rebello e Isabella Andrade)


Joana, a "elefanta" gorda!

A "elefanta" Joana, 
muito lindamente gorda no circo...
Palhaços, malabaristas, mágico.
E a grande plateia!
Muita gente louca...
Pouca gente sã!
Vendedores de pipoca doce...
Um novo espetáculo! 
E pessoas diferentes 
a cada dia!

(Deborah e Lucas)


Paris

Paris, a cidade luz. Bonita e famosa por seus pontos turísticos, como a bela torre Eifel e o museu do Louvre. Sua culinária requintada, grandes estilistas... Cidade dos amantes!

(Camila do Couto e Michelle Santos)


A menina e sua cama

A menina na cama preta e desarrumada, de noite e com medo da chuva. Na manhã ensolarada, a menina de novo na cama preta, agora arrumada, e com grande alegria!

(Isabella Pereira, Ruth e Evelyn)


O garoto

O garoto de vermelho, sempre feliz com a sua bola no campo florido e verde, perto do riacho claro e fresco. A casa de seu avô ao fundo. Contente por uma natureza fértil!

(Isabella Schnoor e Maisa Gomes)


Parati

Parati, cidade linda e encantadora. Ruas antigas e belas. Ali, a garota contente com Deus, sorriso belo e um andar rápido... Nas ruas de Parati!

(Gyancarla e Aisha)

Branca e preto

O cachorro fedido, numa casa cheirosa, com sobrancelha peluda, feia e laranja. Suas patas imundas, gosmentas e pretas na casa cheirosa, hospedeira e branca.

(Raissa e Arielly)

Sentimentos

Eu...
Você...
Nós!
Vida sem palavras.
Muitos sentimentos!

(Dayalla Siqueira, Bruno Amorim e Johnny Campos)

terça-feira, 17 de abril de 2012

Os Lusíadas


E a leitura do bimestre é... 


Os Lusíadas

         Escrito em pleno renascimento literário português, no século 16, Os Lusíadas é um poema épico, escrito em um estilo adotado anteriormente por Homero na Ilíada e Odisséia, no século 8 a.C..
         O poema descreve a descoberta da rota marítima para a Índia, na viagem liderada por Vasco da Gama, em 1497-99, da qual ele participou. Publicado em 1572, Os Lusíadas aperfeiçoou técnicas poéticas e estabeleceu referências importantes para a Língua Portuguesa. Foi escrito em 1102 estrofes de oito versos.                                                                                                                                
                                                                              ....


Luis Vaz de Camões (1524-1580), o mais importante poeta clássico da língua portuguesa e autor do poema épico Os Lusíadas. Estudou filosofia na Universidade de Coimbra e num conflito em Ceuta, perdeu o olho direito.

sábado, 7 de abril de 2012

Guia da Reforma Ortográfica

Idéia ou ideia? Jibóia ou jiboia? Com hífen ou sem hífen?... Até o final deste ano, temos que nos adaptar às novas regras gramaticais da língua portuguesa!!!! O "Guia da Reforma Ortográfica" poderá ajudá-lo e está disponível para download gratuito. Basta clicar no título acima, baixar e salvar o arquivo em seu computador!

terça-feira, 3 de abril de 2012

"Auto da Barca do Inferno"... No "Auto do Busão do Inferno"



  Gil Vicente... inspiração! Que tal "Auto da Barca do Inferno" para vivenciar uma crítica a toda uma sociedade? E, olha, as críticas medievais presentes no livro continuam atualíssimas! Você ainda pode se deliciar nas páginas do "Auto do Busão do Inferno",  onde Álvaro Cardoso Gomes exercita o humor, a crítica social e revela a atualidade da peça teatral de Gil Vicente. Eu recomendo!


Os fonemas na poesia

A musicalidade de um poema, de uma letra de música, é obtida por meio de recursos sonoros calcados na repetição (vogais, consoantes, estruturas sintáticas, mesma posição da sílaba tônica etc.). A repetição, quando empregada poeticamente, não se constitui em um erro, mas em um ato criativo. E criatividade não faltou para os alunos dos 1ºs anos do ensino médio "A" e "B", do Colégio particular! A atividade consistia em criar um poema ou uma letra de música, em grupo, atentando para os recursos sonoros. Eles interpretaram a obra para a sala inteira e descobrimos jovens artistas, poetas e compositores!